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Vídeo mostra cachorro sendo queimado; dono é localizado e confessa o crime, diz polícia.


A Polícia Civil localizou nesta segunda-feira (19) o dono do cão da raça pitbull que morreu após ser amarrado em um cobertor e queimado em Limeira (SP). O suspeito, de 27 anos, foi levado à delegacia e confessou ter colocado fogo no animal, dizendo que o cachorro estava com uma doença, de acordo com a polícia. Imagens de câmera de segurança registraram o crime.

O vídeo entregue à Polícia Civil e cedido ao G1 pelo Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) mostra o momento em que um carro chega, pouco antes das 18h da sexta-feira (16), e estaciona próximo à uma área verde entre o bairro Graminha e Jequitibás.


Em seguida, um homem desce do veículo, entra na mata e, minutos depois, deixa o local com o carro. As imagens mostram chamas e fumaça no ponto onde o animal foi deixado.

A polícia disse que o cão ficou queimando por cerca de 10 minutos até ser socorrido por pessoas vizinhas ao local. As imagens mostram ainda as pessoas chegando e apagando as chamas.

O homem foi identificado após o registro de boletim de ocorrência por maus-tratos na manhã desta segunda, no 4º DP de Limeira. O documento cita o número do microchip implantado no cão, sendo possível localizar informações como nome e endereço do tutor, por exemplo. Ele foi detido perto da casa dele e levado para a Delegacia Seccional de Limeira.


“A princípio [o dono] ficou em silêncio, depois ele disse que o cão estava com cinomose, uma doença tratável, e que por isso matou o animal”, disse Marcio Barhun, coordenador do Garra, que deteve o suspeito.

Ainda conforme Barhun, o automóvel registrado nas imagens tem as mesmas características do carro do dono do animal. O homem foi liberado após prestar depoimento e pode responder por maus-tratos de animais. O G1 entrou em contato com o dono do animal, que não quis se posicionar sobre o caso.

Segundo a Prefeitura de Limeira, o animal tinha seis meses e o tutor também vai ser multado de acordo com o Código Municipal do Meio Ambiente, que ainda definirá o valor. Ainda conforme o Executivo, o suspeito foi o único dono do cão.

Animal já tinha sinais de maus-tratos

Conforme o boletim de ocorrência, exames preliminares mostram que o pitbull já tinha sinais de maus-tratos, como mutilações na orelha, uma prática que foi proibida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. Em abril, quando o animal recebeu o microchip, ele não tinha as orelhas cortadas.


“O cão já tinha sinais de que havia sido espancado”, completou o coordenador do Garra. O cachorro deve passar por necrópsia.

A polícia também faz buscas na casa do homem para analisar as condições em que o pitbull vivia, se há outros animais e também armamentos no local.

A Associação Limeirense de Proteção Animal (Alpa), que registrou a ocorrência e resgatou o animal, informou ao G1 que em momento algum o dono procurou a entidade para prestar esclarecimentos sobre o crime ou saber do animal.

A presidente da Alpa, Cassiana Fagoti, lamentou ainda a morte do cão e disse que colabora com as investigações policiais. “Não temos como fazer justiça, mas podemos de maneira ética fazer todo o protocolo para que seja apurado esses casos de maus-tratos”, disse.

Cão foi queimado vivo e resgatado por ONG

O cão da raça pitbull morreu na manhã de domingo (18), após ser encontrado na sexta-feira enrolado em um cobertor e queimado. O animal foi resgatado pela ONG Alpa e levado a um hospital veterinário. O cão recebeu dos voluntários da ONG o nome de Titan.

O animal estava em uma área verde entre os bairros Graminha e Jequitibás e foi socorrido após um homem que passava pelo local ter visto o fogo e ouvido gemidos e latidos do animal. Em seguida, a ONG foi acionada por ele.

Segundo a Alpa, o pitbull estava com muitos ferimentos nas costas, no rosto e nas patas. Ele foi levado ao hospital veterinário em estado grave, com rins comprometidos e sangue na urina.

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