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Rita Lee dedicou seus últimos anos de vida ao ativismo animal

Rita Lee, que morreu aos 75 anos, em São Paulo, sempre declarou seu amor aos animais. Não à toa a cantora dedicou seus últimos anos de vida à defesa animal e foi uma das primeiras artistas no Brasil a se posicionar abertamente sobre o tema.


A artista - que contou já ter sonhado em ser veterinária, teve como animais de estimação gatos, cachorros, pássaros, peixes e até uma jaguatirica, que roubou de uma loja porque o animal sofria maus-tratos. Em 2005, enquanto a Globo exibia a novela América, Rita Lee lançou, em parceria com Chico César, a música Eu Odeio Rodeio, em clara crítica ao tema central da trama de Gloria Perez.




Em seu Instagram, além de compartilhar momentos ao lado de seu marido, Roberto de Carvalho, dos filhos, Beto, João e Antonio, ela sempre postava imagens de seus animais, como o cãozinho Nino e o gatinho Saci. Ela também se despedia dos seus bichinhos, como sua gata Sophia e sua cadela Lola, e postava fotos de animais para adoção.


A artista, que vivia em seu sítio no interior de São Paulo, com o marido, contou que dedicava seu tempo à causa animal e aos seus pets. "Eu quase nunca saio da minha toca. A causa animal é parte de mim desde sempre. E me envolvo como posso para dar voz aos bichos", explicou ela em uma entrevista.


Logo no começo da pandemia da Covid-19, em 2020, Rita declarou que "os pets são um suporte emocional para aliviar a tensão de moradores, famosos ou não, que estão trancados dentro de casa nesse momento de quarentena, tornando o ambiente mais leve e a solidão menos dolorosa".



Rita Lee escritora

Em 2019, ela lançou o livro Amiga Ursa, que conta a história do salvamento da ursa Rowena, que por anos foi maltratada em circos e zoológicos brasileiros até ser resgatada. Na publicação, Rita aborda temas como geografia, biologia, preservação do meio ambiente e respeito aos animais.


Vítima de tráfico de animais, Rowena foi retirada da Sibéria e enviada ao Brasil, onde recebeu o nome de Marsha. A "ursa mais triste do mundo" -- como ficou conhecida -- passou décadas sendo maltratada em circos e, em seguida, sobreviveu às altas temperaturas de Teresina (PI), onde vivia num zoológico. Sua vida mudou quando, em 2018, a ativista e protetora animal Luisa Mell, associações e ONGs pelos direitos dos animais encabeçaram a transferência de Marsha para o Rancho dos Gnomos, um santuário no interior de São Paulo que tem a estrutura adequada para ser a morada da ursa, rebatizada de Rowena.


No lançamento do livro, Rita Lee foi conhecer Rowena pessoalmente no santuário ecológico. Segundo a assessoria da cantora afirmou na ocasião, o encontro da cantora com a ursa foi um dos dias mais especiais de sua vida. "A gente já sabia que Rowena é assustada por ter sofrido nas mãos de humanos, além de ser um animal com instintos que devem ser respeitados. Então, pensei que não daria para chegar tão perto. Mas Rita cantou para Rowena, ela ficou calma e foi chegando perto. Resultado? Rita deu suco para ela e também ganhou lambidas nas mãos! Foi muito emocionante", disse Guilherme Samora, editor da Globo Livros e amigo pessoal de Rita, que acompanhou a visita.


Luisa Mell, que bancou a construção do recinto de Rowena no Rancho dos Gnomos, também estava lá: e elogiou a cantora: "A Rita tem uma conexão muito especial com os animais. É impressionante", afirmou, na época.



 

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